terça-feira, 10 de junho de 2014

Visita a Mértola II - Oficina de tecelagem

Continuando a nossa visita a Mértola, no âmbito das iniciativas culturais da BAD-Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, entramos num mundo ainda vivo, graças ao estudo, no quadro dos trabalhos do Campo Arqueológico de Mértola, da antiga tradição das mantas de Mértola. 

O trabalho das tecedeiras,  associado  à actividade  pastoril e que resistiu ao longo  de  séculos de evolução civilizacional devido ao isolamento dos lugares, pode ser apreciado num ambiente preservado na Oficina de tecelagem.
Os  estudos  efectuados pelos  investigadores do CAM  fomentaram a produção e a comercialização destas belíssimas  mantas, que  apresentam uma linguagem  decorativa de motivos simples e geométricos.  Segundo Susana  Goméz  Martínez, da  direcção do CAM, os padrões  são  semelhantes  às  cerâmicas  islâmicas do século XII. 


A Cooperativa Oficina de Tecelagem de Mértola mantém vivos estes circuitos ancestrais, fabricando uma diversidade de produtos a partir das seguintes matérias-primas: lã (mantas, coadeiros, tapetes, alforges, meias, gorros, xailes, echarpes e »carinhosas»), linho (toalhas, naperons, panos lisos ou com orla bordada, panos de tabuleiro), algodão (os mesmos que produz com linho) e tecidos velhos reciclados. 
Este ponto do percurso da nossa visita faz parte de um projecto amplo de musealização de Mértola. 

Através de  um itinerário cultural  a  sua história e o  seu património são revelados: de cidade portuária situada nas rotas comerciais do Mediterrâneo a Vila Museu.

Maria Conceição Toscano

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